quarta-feira, 25 de junho de 2014

AÇÕES DIÁRIAS - BIBLIOTECA CORA CORALINA DE MAIO A JUNHO - 2014

AÇÕES DIÁRIAS DE INCENTIVO À LEITURA

 

·        Apresentação de livros: contos, poemas, novelas, crônicas e fábulas;

·        Indicações de livros realiza pelos alunos dos 8º Anos, por meio de empréstimos semanais;

·        Indicações realizadas pelas professoras da biblioteca: clássicos em geral.

·        Empréstimos de acordo com a temática de cada ano:

 

6º e 7º Anos: novela, conto e biografia;

8º Anos : poesias, fábulas ae biografia;

9º Anos : crônicas, contos, clássicos e biografia.

 

TÍTULOS:

 

·        Uma História de futebol – José Roberto Torero; (Novela)

·        Bisa, Bia, Bisa Bel – Ana Maria Machado; (Novela)

·        Historinhas Pescadas – Ângela lago; Artur Azevedo; Bartolomeu Campos Queiros; Christiane Gribel; Eva Furnari; Machado de Assis; Moacyr Scliar; Pedro Bandeira; Rosa Amanda Strausz; Ruth Rocha; (Poesias)

·        Adulterado – Antonio Prata ; Crônicas diversas; (crônicas)

·        Coração Roubado – Marcos Rey; (Crônica)

·        Para Gostar de Ler – Crônicas – Fernando Sabino; Paulo Mendes Campos; Rubem Braga; Carlos Drummond de Andrade;

·        Nem tudo que seu mestre mandar – Rosane Pamphona (Revista Nova Escola); (Crônica)

·        Zóiudo , o monstrinho que bebia colírio – Sylvia Orthof; (Crônica)

·        Um Apólogo – Machado de Assis; (Fábula)

·        Biografia de Heitor Villa Lobos;

·        Crianças Famosas – Nereide S. Santa Rosa ; Ângelo Bonito; (Biografia)

·        Bachiannas nº5– Villa Lobos;

·        (Música - https://www.youtube.com/watch?v=JC9kqs6zafo )

·        As aventuras de Pinóquio – Carlo Collodi; (Clássico)

·        Literatura Afro-brasileira – diversos autores; (contos, lendas, músicas, poesias, imagens);

·        Vídeos : Entrevista com Antonio Prata -(https://www.youtube.com/watch?v=iAG_xHoPIdY );

·        O trenzinho Caipira- Boca Livre (https://www.youtube.com/watch?v=1F59ZyO3rLs )https://www.youtube.com/watch?v=N5M6zlruNKA ) ;

·         Filme – Uma História de Futebol (https://www.youtube.com/watch?v=D271x6XlRPw );

·        Digitalização e vídeo “Um apólogo” (https://www.youtube.com/watch?v=i_6l3MHzLKE) ;

 

HEITOR VILLA LOBOS - BIBLIOTECA CORA CORALINA - 6º AO 9º ANO

HEITOR VILLA LOBOS E A MÚSICA CLÁSSICA

 

Público Alvo:
Alunos do 6° ao 9° ano

Duração: abril/2014

Objetivo Geral:
 Conhecer a história e a música do Maestro brasileiro Heitor Villa Lobos.

Objetivos Específicos:
*Apresentar música e literatura (poema);
*Subsidiar aos professores, material referente ao tema;
*Incentivar a leitura da poesia “O trenzinhos caipira” de Ferreira Gullar;
*Apresentar vídeos sobre o compositor;
*Oferecer aos alunos e professores , ilustrações, e textos sobre Heitor Villa Lobos;
*Reconhecer a influência da música Clássica na atualidade;;
*Identificar por meio da sonoridade, a temática exposta na música Bachianas nº5, de Heitor Villa Lobos, por meio de audição;
*Sensibilizar os alunos a desenvolverem habilidades auditivas e visuais.

Justificativa:
Apresentar aos alunos diferentes formas de apreciação a obras literárias e formas artísticas, como a poesia e a criação de filmes e imagens de quadros de Tarsila do Amaral.

Metodologia:
   À princípio, ouviram a música Bachianas nº5 de Villa Lobos, sem fazer menção a letra ou som definido. Após várias tentativas, conseguiram identificar a sonoridade de um trem.



Em outro momento, assistiram ao vídeo (desenho), o Trenzinho Caipira (, para que houvesse a percepção de imagem/som.


Ao final da aula receberam a aletra “O Trenzinho Caipira”, escrita pelo poeta Ferreira Gullar.


Para encerrar este projeto, os alunos leram e ouviram também o livro “Crianças famosas – Villa Lobos”, de Nereide S. Santa Rosa e Ângelo Bonito, em sala de aula, junto com a agente da Biblioteca.
No final do projeto, abriu-se um debate para trabalhar tordos os sentidos de um bom leitor.
Concluindo, os alunos dos 8º Anos, montaram um painel, com todos as atividades elaboradas no projeto, inclusive imagem e paisagens presentes na poesia e na história de Heitor Villa Lobos.



  

 


 

  

 

 

 


COPA DO MUNDO - BIBLIOTECA CORA CORALINA - 9º ANOS




Público Alvo:
Alunos dos 9ºAnos

Duração : maio e junho/2014

Objetivo Geral:
 Reconhecer a tipologia textual Crônica, por meio da leitura do texto “Futebol de Rua” de Luiz, Fernando Veríssimo.

Objetivos Específicos:
*Apresentar literatura;
*Subsidiar aos professores, material referente ao tema;
*Incentivar a leitura da história de diferentes crônicas, sobre a temática;
*Oferecer aos alunos e professores , ilustrações,folhetos e artigos da Copa de “ontem e hoje” para que assim, haja uma leitura crítica sobre a temática;
*Reconhecer palavras do vocabulário em que a crônica fora escrita (1977);
*Sensibilizar os alunos a desenvolverem atitudes positivas em favor da competitividade;


Justificativa:
Devido ao Evento Copa do Mundo FIFA, Brasil 2014, em Curitiba , percebeu-se a necessidade de trabalhar o tema, disponibilizando a literatura existente em nossa biblioteca e oferecendo assim, maior conhecimento da história das Copas, bem como seus os países envolvidos.

Metodologia:
   Os 9º Anos ouviram a crônica “Futebol de Rua”, de Luiz Fernando Veríssimo, na Biblioteca, recebendo uma cópia com algumas palavras sublinhas, para posterior pesquisa.
Após, foi lhes entregue uma cópia do texto dividida em partes, para que , em equipe, ilustrassem de acordo com a temática.
Enquanto isso, outra equipe, ficou responsável por pesquisar as palavras sublinhas, com verbetes atualizados, colocando-os em ordem alfabética.
Após, o trabalho foi separado e posto junto aos demais em exposição sobre a Copa.
          


















COPA DO MUNDO - BIBLIOTECA CORA CORALINA - 8º ANOS

Público Alvo:
Alunos dos 8º Anos

Duração: Maio e junho/2014

Objetivo Geral:
 Reconhecer a tipologia textual Fábula, por meio da leitura do Livro “Um Apólogo” de Machado de Assis.

Objetivos Específicos:
*Apresentar literatura;
*Subsidiar aos professores, material referente ao tema;
*Incentivar a leitura da história de diferentes fábulas em épocas específicas”, sobre a temática;
*Oferecer aos alunos e professores , ilustrações,folhetos e artigos da Copa de “ontem e hoje” para que assim, os alunos construíssem sua própria Fábula;
*Reconhecer pontos positivos e negativos sobre “Moral da História”;
*Identificar os símbolos personagens e objetos da Copa 2014, reconhecendo sua importância durante um jogo de futebol;
*Sensibilizar os alunos a desenvolverem atitudes positivas em favor da competitividade;


Justificativa:
Devido ao Evento Copa do Mundo FIFA, Brasil 2014, em Curitiba , percebeu-se a necessidade de trabalhar o tema, disponibilizando a literatura existente em nossa biblioteca e oferecendo assim, maior conhecimento da história das Copas, bem como seus os países envolvidos.

Metodologia:
   Os 8º Anos ,vieram à biblioteca, assistir à apresentação da digitalização, após a leitura do livro de mesmo título. Por meio deste recriaram as personagens mais significantes, em disposição de time de futebol.
Os textos foram escritos em sala de aula com apoio das professoras regentes e apoio da Biblioteca em relação a oferecer digitação, correção e tempo para elaborar personagens em maquetes ;
Trabalho colocado em exposição durante evento realizado no mês de junho.
















 

COPA DO MUNDO - BIBLIOTECA CORA CORALINA - 6º E 7º aNOS

ESCOLA MUNICIPAL SÃO MIGUEL
BIBLIOTECA CORA CORALINA
                                 
Projetos desenvolvidos no primeiro trimestre : Manhã
Professoras : Elizabeth Morais
                       Mª Imaculada Salmon     

COPA DO MUNDO FIFA    BRASIL 2014

Público Alvo:
Alunos do 6° ao 9° ano

Duração : maio e junho/2014

Objetivo Geral:
 Conhecer a história das Copas e do futebol por meio de literaturas sugestivas e apropriadas.

Objetivos Específicos:
*Apresentar literatura diversificada sobre o tema;
*Subsidiar aos professores, material referente ao tema;
*Incentivar a leitura da história “Uma história de Futebol” de José Roberto Torero;
*Apresentar notícias sobre a temática;
*Oferecer aos alunos e professores , ilustrações,folhetos e artigos da Copa de “ontem e hoje”;
*Reconhecer pontos positivos e negativos sobre a Copa no Brasil;
*Identificar os símbolos oficiais e personagens da Copa 2014, reconhecendo sua importância;
*Sensibilizar os alunos a desenvolverem atitudes positivas em favor da competitividade.

Justificativa:
Devido ao Evento Copa do Mundo FIFA, Brasil 2014, em Curitiba , percebeu-se a necessidade de trabalhar o tema, disponibilizando a literatura existente em nossa biblioteca e oferecendo assim, maior conhecimento da história das Copas, bem como seus os países envolvidos.

Metodologia:
   Os 6º e 7º Anos ,vieram à biblioteca, assistir à apresentação do Filme “Uma história de Futebol, após a leitura do livro de mesmo título. Por meio deste recriaram as personagens mais significantes, em disposição de time de futebol.
  

              
              






 

terça-feira, 22 de abril de 2014

ARTIGO UNINTER

A DIVERSIDADE TEXTUAL E AS MIDIAS EM SALA DE AULA
MORAIS, Elizabeth de Oliveira
MOREIRA, Elisângela


RESUMO
A prática de ensino, na atualidade, confronta os profissionais da Educação a um grande desafio: o de estar em constante atualização em relação às novas tecnologias da informação, e com domínio do conhecimento. Essa necessidade levou à criação de um método para o uso dos recursos midiáticos na produção de texto. Essas técnicas de ensino, por sua vez, implicam no desenvolvimento da inovação e da ousadia em sala de aula. O método dialético, a prática em campo, a exposição oral e uso de recursos midiáticos, como Datashow, internet, máquina fotográfica, notebooks, telefone com tecnologia 3G, redes sociais, Movie maker (programa de produção de vídeos), sítios da rede como www.caranguejo.com e o laboratório de informática, diversos gêneros textuais e artísticos foram os recursos utilizados para desenvolver o trabalho. O projeto resultou em maior acesso a informação, maior facilidade para materializar produtos editoriais e aquisição de conhecimentos específicos. As aulas tornaram-se mais dinâmicas, com conteúdos de melhor qualidade e formação de leitores assíduos, com capacidade de organização e seleção de informações, que utilizam a Língua Portuguesa na produção de textos verbais e não verbais e que ampliaram o vocabulário usual para uma norma padrão. Ocorreu integração do grupo pelo desenvolvimento de atributos sociais como: ouvir e respeitar as diferentes opiniões, hábito da leitura crítica, o discurso oral e escrito mais aprimorado, desenhar, planejar e aplicar os conceitos adquiridos de forma ampla no processo de aprendizagem. Esses resultados reforçaram o entendimento de que é necessária a adoção de amplo uso dos recursos tecnológicos dentro da sala de aula. Sabe-se há muito que o recurso “lousa e giz” é mais do que insuficiente para atrair a atenção do aluno. A conscientização na mudança de valoração quanto à tecnologia  buscou um pensamento crítico perante a era da inovação, sabendo que como cidadãos  devem fazer parte desse processo com responsabilidade.   
Palavras-chave: Educação. Aprendizagem. Inovação.




 1 INTRODUÇÃO
O projeto veio de encontro com o desafio da escola: utilizar metodologia inovadora, estimular a aprendizagem e a pesquisa, incentivar o estudante não só a apropriar-se do conhecimento acadêmico, mas superá-lo de forma autônoma. Envolver o ensino fundamental em trabalho cooperativo mediante um projeto de uso integrado da mídia impressa e Internet, caracterizado pela co-autoria e que fosse utilizado como estratégia de ensino e aprendizagem na questão de melhorar a qualidade da leitura e da escrita e de produzir, ao final da aplicação uma coletânea de textos de diversos gêneros com o auxílio profissional e das ferramentas da informática.
Segundo Margarita Victoria Gómez (2009), “a era da informação junto à sociedade caminha rapidamente, encurtando distâncias entre os seres humanos”. Para tanto, o professor segue como mediador de um poder inesgotável, pois a relação leitura e escrita formam eixos comunicacionais dentro de uma proposta crítica-reflexiva.
Para tanto, o projeto foi realizado através de procedimentos metodológicos aplicáveis, abordando conteúdos sobre a utilização das mídias em sala de aula e a importância da manutenção de sua estrutura, questionando os diferentes meios de circulação dos textos que influenciam a sociedade na produção de diferentes temáticas e a comercialização de diferentes estilos.
As mídias podem ser ferramentas poderosas se trabalhadas com sabedoria, um instrumento de aprendizagem junto aos alunos, com mudança necessária sobre atitudes frente ao conhecimento que se encontra disponível na escola e na sociedade, segundo Moran (2000, p.36):
“Parte dessas idéias a que as escolas tem acesso  deveriam ser desenvolvidas através de uma nova didática – ou seja, de uma nova ciência e de uma nova arte – que guia as práticas intencionais de formação de capacidades, a partir das quais os estudantes possam se transformarem gestores de seus próprios processos de auto-aprendizagem”.
            Dentro dessa perspectiva, o trabalho pedagógico teve ênfase na construção do conhecimento, na possibilidade de desenvolvimento de novos valores e posturas adequadas, na conscientização e na formação do senso crítico através do entendimento e questionamento da valorização da exploração da tecnologia midiática.
O desenvolvimento das ações  envolveram questões para a reflexão dos alunos, com atividades que permitiram intervir na realidade para transformá-la, com a obtenção de resultados positivos no processo social.
Propôs-se um encaminhamento com conteúdos que incluíam questões sociais locais, nacionais e até mundiais, que possibilitaram a compreensão e a crítica da realidade, tratada como dados abstratos aprendidos para “fixação de conteúdos”, oferecendo aos alunos a oportunidade de se apropriarem deles como instrumentos para refletir e mudar sua própria vida.
Para que este processo fosse útil, no ensino-aprendizagem foi preciso ter uma sólida ação educacional, situando-se numa programação didática eficaz.
Para Saymour Papert (1985), a informatização das mídias concretiza e personaliza o formal. Sendo bem utilizada, permite abordar de forma concreta os conhecimentos acessíveis na via dos processos formais. Todos os ambientes que envolvam a criação do educando exigem uma formação mais sólida e ampla, que não apenas domine mas também usufrua de todo o conhecimento e potencial a ser utilizado. A escola serve como caminho, como mediadora do conhecimento técnico, criativo, cultural e profissional.
Enfatiza-se ainda que estes encaminhamentos puderam ser alterados no seu desenvolver, por serem maleáveis e de possíveis aproveitamentos assim que houve a necessidade ou uma solicitação e o interesse observado dos alunos envolvidos. Contribuiu-se, contudo, para a formação dos alunos, tornando-os cidadãos mais críticos e atuantes além de melhorar o desempenho escolar em todas as áreas de estudo.


2. POR QUE A ENFASE NOS RECURSOS MIDIÁTICOS?
A diversidade textual e as mídias em sala de aula constituem grande auxílio para sanar as dificuldades encontradas no ensino da Língua Portuguesa. Aulas diferenciadas são, desde sempre, valiosa ferramenta para a aprendizagem formal e o fato de as diversas tecnologias influenciarem pessoas e seu uso em sala de aula, é por esse fato só, justificativo para o desenvolvimento de seu uso como ferramenta valiosa no processo de ensino-aprendizagem.
Como diz LEVY(1998) , a construção do conhecimento passa a ser igualmente atribuída aos grupos que interagem no espaço do saber. Ninguém tem a posse do saber, as pessoas sempre sabem algo, o que as tornam importante quando juntas, de forma a fazer uma inteligência coletiva. "É uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências." (LÉVY, 1998, p. 28)
Freire, (1984) inconteste pensador da educação e referência sempre atual, afirmava que “para o educador progressista coerente, o necessário ensino dos conteúdos estará sempre associado a uma “leitura crítica da realidade” . Então, mobilizar os alunos enquanto principais agentes motivados pela socialização e desenvolver suas capacidades intelectuais contribui para a formação crítica da sociedade midiática.
A leitura de Souza (2011), mostra quão pertinente e atual é a preocupação com o desenvolvimento de técnicas de aproveitamento dos tantos recursos que a tecnologia oferece: “As teorias e práticas associadas à informática na educação vêm repercutindo em nível mundial, justamente porque as ferramentas e mídias digitais oferecem à didática objetos, espaços e instrumentos capazes de renovar .”
A proposta deste trabalho constituiu um conjunto de situações contextualizadas de ensino aprendizagem que foram elaboradas num processo coletivo, envolvendo alunos e professores.
O objetivo foi oportunizar aos alunos o contato com práticas da língua oral, escrita e tecnológica, amparadas por propósitos sociais definidos, com interlocutores previamente determinados.
A utilização do recurso multimidiático é respaldada pelo trabalho de Mayer (2005, p. 31 e 36), com a Teoria cognitiva da aprendizagem multimídia. Explica-nos o autor que: “Quando a informação é apresentada para os olhos (tal como ilustrações, animações, vídeos ou projeção de textos), os humanos começam a processar a informação desenvolvendo mis refinada capacidade de memória verbal e visual.”
Além disso, Vaz (2002), afirma que as tecnologias dentro do ambiente escolar contribuem para a construção de um mundo abstrato e simbólico, pois o aluno pode representar e testar hipóteses possibilitando assim formas diversificadas de atuação e interação professor-aluno. Contribuindo para a ampliação e compreensão do processo de ensino-aprendizagem. Logo, torna-se claro que a tecnologia sozinha não garante o sucesso sendo necessário uma diversificação de habilidades na apresentação da informação, partindo de um planejamento para o desenvolvimento de estratégias de ensino entre o professor e o aluno.
Colocando tais conceitos em prática, foram criadas situações de produção que visavam possibilitar um contexto diverso daquele do cotidiano escolar.
No desenvolvimento do projeto, os alunos realizaram atividades que os levaram a elaboração de um blog, no laboratório de informática da escola, utilizando-se para tal os conhecimentos prévios de cada aluno, contribuindo em um melhor desempenho na distribuição de equipes, as quais concluíram o trabalho e posteriormente compartilharam no grande grupo. Dessa maneira houve a apropriação do conhecimento  de uma maneira mais lúdica e eficiente.  Assim foi criado o blog http://midiasaomiguel.blogspot.com.br/ para a publicação dos trabalhos dos alunos, como o stop motion, os diferentes textos e a produção da revista.
As atividades foram realizadas com o objetivo de levar os alunos a refletirem sobre seus atos, em relação a si, aos outros e ao mundo. A meta para esta pesquisa referia-se a um número determinado de equipes, no máximo 10, divididos cada qual com até 7 participantes. A quantidade de vídeos criados ultrapassou as expectativas, portanto somente os mais relevantes, de acordo com o grupo, forma postados. Os participantes em pesquisa realizada informalmente, por meio de enquete, apresentaram 87% de participação, 69% de conclusão das atividades e 96% de satisfação na realização dos trabalhos. 
Transpor as dificuldades encontradas no decorrer do projeto significava o sucesso das atividades e também a construção de novos conhecimentos. As atividades nas quais os alunos estavam envolvidos colocaram em jogo conteúdos funcionais significativos e propiciaram momentos de autonomia e sociabilidade. Ao criar na sala de aula diversas situações, possibilitou-se aos alunos construir suas próprias estratégias de estudo, pesquisa e criação das atividades, refletir e indagar sobre a vida dentro e fora da escola. Além disso, estimular o desenvolvimento de competências essenciais, como planejar, colaborar, delegar, administrar o tempo, lidar com imprevistos  e incertezas, dialogar, debater, argumentar, ouvir, comparar pontos de vista, construir individualmente e coletivamente o conhecimento e expor o próprio saber.
O trabalho apresentado veio de encontro à necessidade de restituir a identidade cultural e valorizar o ser social. O atual contexto vivenciado pelos profissionais da educação intra-muros é de visível precariedade, tanto em relação às condições básicas de vida quanto a uma ausência de referências na formação familiar do aluno. É consenso que, enfrenta-se uma situação de diluição de papéis sociais, que acabam por obrigar a escola à preencher essas lacunas.
Não se pode negar o impacto provocado pela tecnologia da informação e comunicação na configuração da sociedade atual nos gêneros discursivos. Por um lado, temos a inserção dessa tecnologia no dia a dia da sociedade, a exigir indivíduos capacitação para bem usá-la, por outro lado, por outro, o processo de aprendizagem usa essa mesma tecnologia como uma ferramenta para entender melhor a abrangência dos conteúdos disciplinares. Com a democratização do acesso à internet, passamos a ter nas escolas jovens que interagem desde cedo com as chamadas tecnologias da informação e comunicação e uma grande diversidade textual a sua frente, o que exige um olhar diferente sobre o impacto disso na aprendizagem. Um desafio dado com o tempo a docência atuante.
O interesse pela tecnologia faz parte desta geração e por isso os profissionais da educação necessitam dominar minimamente essas novas tecnologias educacionais. É preciso dar aos alunos subsídios, que só serão possíveis se obtiverem conhecimento necessário, o universo das mídias é muito rico e encantador e cabe ao professor ser o mediador e iniciador os alunos neste mundo, com um trabalho de leitura lúdico, prazeroso e agradável para tanto, o projeto terá nas atividades propostas a integração das várias mídias disponíveis no espaço escolar, juntamente com os diversos tipos de gêneros produzidos pela sociedade. Assim os educandos terão a oportunidade de colocar-se no lugar de sujeitos responsáveis pela vida, adquirindo conhecimentos sobre a diversidade que os rodeia.
2.1 METODOLOGIA
Para Cristiane Kämpf  (2011),  o acesso e contínuo interesse na tecnologia faz parte desta geração de alunos e por isso os profissionais da educação necessitam incorporar e dominar minimamente as novas tecnologias educacionais. Os recursos, oriundos do avanço técnico-científico, são o ponto de partida, para a reflexão da prática docente. Diante da disponibilidade do uso das novas tecnologias de comunicação e informação torna-se possível utilizá-las em sala de aula, de forma integradora e interdisciplinar. Para explorar as mais variadas formas textuais e artísticas e envolver alunos e professores nesse trabalho cooperativo lançou-se mão do trabalho e uso integrado de Internet, TV, vídeo e mídia impressa. Essa estratégia de ensino solucionou, em parte, a falta de concentração dos alunos na realização das atividades, auxiliando-os a utilizarem suas habilidades para resolver problemas e explorar potencialidades, melhorando o raciocínio.
O universo das mídias é muito rico e encantador e coube ao professor ser o mediador e iniciador dos alunos neste mundo, com um trabalho de leitura lúdico, prazeroso e agradável. Para tanto, o trabalho teve nas atividades propostas a integração das várias mídias disponíveis no espaço escolar, juntamente com os diversos tipos de gêneros produzidos pela sociedade. Assim os educandos tiveram a oportunidade de colocar-se no lugar de sujeitos autônomos, adquirindo conhecimentos sobre a diversidade que os rodeia.
As séries contempladas para o projeto foram o 8º e 9º anos do ensino fundamental, em um trabalho cooperativo mediante uso integrado da mídia impressa, fotografia, programação em computação e Internet, caracterizado pela co-autoria. As estratégias visavam aprimorar a qualidade da leitura e produção verbal e não verbal. Ao final da aplicação, uma coletânea de textos e vídeos, de diversos gêneros, com o auxílio discente e das ferramentas da informática, foi postada no blog (www.midiasaomiguel.blogspot.com), elaborado pelos alunos a professora.
Para desenvolver o projeto, o método escolhido foi o dialético, seguindo o pensamento  Hegeliano (1945),  cuja explicação  “é um método de diálogo, cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias. “
As estratégias usadas envolveram muito diálogo, entrevistas, troca de experiências, pesquisas, cartazes, participação da comunidade, músicas, palestras, representações teatrais, debates, com transposição de ideias em produções coletivas e individuais de textos, influenciando assim que todos tenham acesso as suas formas, assumindo a que mais lhe convir ao  qual os conteúdos possibilitaram o descobrimento das relações dentro do um tema, em diversos eixos, permitindo formar uma interação entre estes, na perspectiva mais abrangente da realidade .
Segundo Rivoltella (2010), a mídia “deve permear os processos de ensino e aprendizagem, como acontece com a escrita.”
Dentro dessa perspectiva, o trabalho pedagógico teve ênfase na construção do conhecimento, na possibilidade de desenvolvimento de novos valores e posturas adequadas, na conscientização e na formação do senso crítico através do entendimento e questionamento da valorização da exploração da tecnologia midiática.
O desenvolvimento das ações deste trabalho envolveu questões para a reflexão dos alunos, com atividades que permitiram intervir na realidade com a obtenção de resultados positivos no processo social.
O encaminhamento dos conteúdos incluiu questões sociais locais, nacionais e até mundiais, possibilitando a compreensão e a crítica da realidade, tratadas como dados abstratos aprendidos para “fixação de conteúdos”, oferecendo aos alunos a oportunidade de se apropriar deles como instrumentos para refletir e mudar sua própria vida.
As estratégias usadas envolveram muito diálogo, produção de entrevistas, trocas de experiências, pesquisas, cartazes, músicas, produção de vídeo com a técnica stop motion , o programa Movie maker, criação de blog, e-mails e redes sociais (tais como Facebook),  obras de arte, debates,. Estimulou-se à  transposição de ideias em produções coletivas e individuais de textos e vídeos. Algumas dúvidas em relação às tecnologias, foram sanadas com pesquisas na internet e outras, com vídeos informáticos e filmes como “A Rede Social” e “A fuga das galinhas”.
O laboratório de informática, na escola, foi essencial para a aplicação do projeto e para o desenvolvimento dos alunos, ajudando-os a interagir e a realizar tarefas na busca de gêneros textuais, para a criação da revista e na realização dos curtas-metragens em stop motion. Os alunos puderam visitar web sites específicos sobre o tema abordado em cada momento das aplicações das atividades, pesquisar sobre filmes, autores, roteiristas, escritores famosos, noticias, enfim, textos de diferentes gêneros para a elaboração das atividades.
Primeiramente, foi feito um levantamento sobre o assunto partindo do conhecimento dos próprios alunos, com o objetivo de fomentar o debate sobre a era tecnológica, para verificar quantos conhecem e/ou já fazem o uso de computadores, no intuito de estimular o uso consciente das mídias em sala de aula.
Os alunos foram levados à sala de informática para se familiarizar com os computadores e seus programas. Fizeram pesquisas na internet sobre como produzir textos e filmes com técnica stop motion e sobre a aplicabilidade dessas técnicas em diversos gêneros criativos, utilizando as mídias e suas próprias criações para em seguida fazer a formatação do texto na folha impressa e a movimentação do personagem por stop motion.
Quanto maior a diversidade de gênero explorada, maior a capacidade de interpretação do aluno, por isso, a exploração dos gêneros textuais nas mídias melhora a qualidade de ensino do aluno.
No final do projeto, os adolescentes disponibilizaram o vídeo produzido, em sala, no blog criado para esse fim. Também escreveram as coletâneas individuais, e a professora, juntamente com os alunos, expôs as atividades elaboradas apresentando o resultado final nas salas de aula dos demais ciclos, com o intuído de incentivá-los em suas próprias produções textuais.
Para o êxito desta ação, o recurso midiático foi instrumento de uso intelectual, criativo e profissional, situando-se de forma objetiva na avaliação, planejamento e aplicação do conteúdo. Esta transformação criou novos espaços e possibilidades a serem explorados pelo cidadão, mas é o educador quem impulsiona a evolução tecnológica para que o processo-ensino-aprendizagem seja eficaz.
Com a utilização das novas tecnologias, os alunos e professores tiveram acesso facilitado e atualizado a uma ampla gama de informações e a diferentes tipos de textos e obras de arte. Estas tecnologias assumiram função educativa e formativa, proporcionando variada forma de ensino/aprendizagem apostando na utilização de metodologias participativas e ativas. Dar vida ao processo de ensino-aprendizagem é dever dos profissionais da educação, portanto, é imprescindível desenvolver-se competências, senso de investigação e  capacidade para desenvolver atividades que estimulem o aprendizado através do lúdico, como mostra o pensamento de Gardner, (1997) e a Teoria das inteligências múltiplas. “ (...) existem evidências persuasivas para a existência de diversas competências intelectuais humana relativamente autônomas abreviadas       daqui em diante como ‘inteligências múltiplas’”
            O projeto, portanto, proporcionou o resgate a auto-estima dos educandos e também da comunidade local, buscando a integração de todos os envolvidos.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em primeiro lugar deve se dizer o quão gratificante foi à aplicação desta proposta. Poucas vezes no processo de ensino, pode se verificar a rapidez com a qual os alunos apreendem os conceitos tanto em sala quanto com o uso das Tic’s; o que experimentamos foi um interesse muito grande pelas atividades propostas.
O trabalho realizado com os alunos teve o intuito de integrar os gêneros textuais verbais e não verbais e as mídias em sala de aula.
A proposta deste trabalho de contribuir para uma melhoria das produções dos alunos levou à prática da leitura e da escrita e busca do aperfeiçoamento e da melhoria da qualidade de ensino aprendizagem por parte dos alunos.
Observar como os temas stop motion, produção de revista e a criação do blog foram apropriados de maneira natural e prazerosa. Apesar do tempo limitado para a execução dos trabalhos, tanto alunos quanto os professores integraram-se, cooperando ativamente com os temas desenvolvidos.
A avaliação feita através da observação foi sistêmica e fundamentou-se em critérios como participação, envolvimento, criatividade e desempenho dos alunos nas atividades propostas. Sendo esta contínua, proporcionou detectar as dificuldades dos alunos a fim de orientarmos para que atinjam os objetivos propostos e principalmente, que tenham possibilidade de adquirir e desenvolver as habilidades necessárias para a execução dos trabalhos. O trabalho contribuiu para que os alunos conseguissem desenvolver a concentração, um dos problemas mais inquietantes na vivência em sala de aula.
As impressões finais são bastante subjetivas, pois não é possível – nem cabível – nessa proposta, mesurar quantitativamente as aquisições intelectuais. No entanto, acredita-se que é função do educador fornecer aos seus alunos subsídios para aprender cada vez mais, assumindo-se enquanto cidadãos, exercitando com autonomia consciente os seus direitos e deveres e artífices de sua própria realidade.
 




















REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria Elizabeth de. Informática e formação de professores. Brasília. 2000. Vol I
ALMEIDA, Maria Elizabeth de. Informática e formação de professores. Brasília. 2000. Vol II
BARBOSA, Ana Mae.  A Imagem no Ensino da Arte.  São Paulo, Porto Alegre : Perspectiva/Iochpe, 1991.
BITTENCOURT, Agueda Bernadete. Estudo, pensamento e criação. Ci.Inf.,Outubro 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Programa Nacional do Livro Didático. Língua Portuguesa. Volume 2. Guia de livros didáticos 2005. 5ª a 8ª séries. Brasília: MEC, 2004.
CARRER, Laércio da Costa. Mídia, o mundo real na sala de aula. Disponível em http://emrevista.com/edicoes/6/artigo1844-3.asp, 2005.
CUNHA, Murilo Bastos da. Construindo o futuro: a biblioteca universal brasileira em 2010. Ci.Inf.ene./abr.2000, vol.29,no.p.71-89.
FLORES, O. O professor e o trabalho com textos diversificados. IN: Língua &
Literatura. Tipologia textual e ensino. Porto Alegre: 1988.

FRÓES, Jorge R. M. Educação e Informática: A Relação Homem/Máquina e a Questão da Cognição disponível em http://www.proinfo.gov.br/biblioteca/textos/txtie4doc.pdf, 2008.
GOUVÊA, Sylvia Figueiredo. Os caminhos do professor na Era da Tecnologia.  Acesso Revista de Educação e Informática, Ano 9 - número 13 - abril 1999.
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
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