
É notória a confusão que se faz em relação às normas gramaticais da língua escrita e a fala. A fala é muito mais livre do que o discurso escrito, que é permeado pelas regras da norma culta. A ênfase desse princípio geral deve ser cada vez mais acentuada, pois não há equívoco mais inconveniente do que tratar a escrita como mera transposição da fala para o papel na forma gráfica. "A escrita não é a representação gráfica da fala".
Falta uma percepção de que o fracasso no trabalho com a Língua Portuguesa consiste, justamente, em décadas teóricas desvinculadas da vida. Falta conectar a construção de um texto com o cotidiano do aluno deve ser a extensão do seu cotidiano.
Ao invés de censurar os alunos, a escola deveria promover discussões sobre a adequação da fala aos diferentes contextos linguísticos, fazendo com que possam se expressar de forma funcional, numa atitude responsiva e dinâmica.
Por Adriane Alves da Silva
( Professora da Rede Municipal de Curitiba e Mestranda em Educação na UFPR, linha de pesquisa Cultura, Escola e Ensino ).
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